terça-feira, 29 de novembro de 2011

Só queria ser leve

Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Viva o presente

A gente se apega ao invisível e a tudo aquilo que um dia desejamos possuir. O concreto é totalmente diferente. O tempo passa e agente começa a perceber que nem sempre os planos acabam dando certo, afinal. No entanto ninguém nos diz isto quando começamos a planejálos, nos mínimos detalhes. Precisamos viver mais o presente e deixar o passado pra trás. A perfeição é apenas uma mentira. Por trás de toda essa mentira existe uma vida, a qual vale a pena viver. Viva o presente. Viva o seu presente.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Distância/saudade


Seria eu estranha, se dissesse que prefiro a distância? Ou louca em afirmar que isso me faz bem? Talvez pra alguns isso seja inimaginável, mas eu gosto de sentir saudade. Gosto do desencontro, da falta, de pensamentos distantes. Mas também gosto do calor dos corpos, de beijos apaixonados, de olho no olho, de sorrisos bobos quando não se tem nada pra falar. Pra dá certo (pelo menos pra mim), tem que haver certo surto de saudade, de vontade de estar perto. Acho que isso torna o relacionamento mais rico, mais importante.
 Odeio monotonia, isso acaba desgastando o ‘amor’, e na maioria das vezes sempre acontece.  Quantas vezes vocês num já escutaram alguém dizendo que terminou um namoro (que para todos era perfeito) por causa da monotonia, da mesmice? Pois é, qualquer um está sujeito a isso, mesmo que você ache que não. Não entendo por que as pessoas ficam tão espantadas quando me ouve falar essas coisas. É tão anormal assim não querer está  sempre perto da pessoa que se gosta? É, Talvez até seja, eu admito! Mas essa é a minha maneira de querer ter sempre essa pessoa comigo, longe de mesmices e monotonias.
 Se já pensei em mudar? Sim, pois, às vezes Distância/saudade tem seu preço. Nem todos são iguais a mim e acabam desistindo de tudo. Mas não irei mudar só por que me achas estranha. Tenho minhas vontades, sou cheia de defeitos, manias. E afinal, quem não é? Cada um tem a sua estranheza, e essa é a minha.

                                                                                                                                   [H.L]

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Aprendi...


"Aprendi que se apaixonar é inevitável, e que as melhores provas de amor são as mais simples. Um dia percebemos que o comum não nos atrai, e que ser classificado como bonzinho não é bom. Um dia percebemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você. Um dia saberemos a importância da frase: "Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa". Um dia percebemos que somos muito importantes para alguém, e que não damos valor a isso! Que homem de verdade não é aquele que tem mil mulheres, mas aquele que consegue fazer uma única mulher feliz! Enfim... Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem para dizer tudo o que tem de ser dito. O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras!   - (Mário Quintana)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Eu quero a verdade

"É chegado o dia em que a gente vai parar de fazer as coisas pela metade, para fazê-las de verdade. Não mais direi meias-palavras, muito menos acreditarei em meias-verdades. Eu quero a verdade por inteiro, e quero que ela seja dolorida, se tiver que ser, ou prazeirosa, ou como eu bem quiser - mas que seja de verdade."

(...)

Me recordei rapidamente de todas as pessoas e coisas que perdi por ainda não estar preparada para elas, ou por ainda ter muita curiosidade de mundo e dificuldade em ser permanente.

domingo, 20 de novembro de 2011

Pra você que está por vir..



Eu gosto das coisas do meu jeito, então às vezes eu mesma vou resolver a situação e não vou pedir sua opinião. Amo música alta, mas tem dias que do nada, eu vou pedir pra você baixar o volume do som. Em vez de aceitar de verdade tudo que eu digo, você tem que fingir que aceita, mas não pode, jamais, ouça bem: você não pode jamais me contrariar.
Gosto de festas e amo casa sempre cheia, mas vai ter dias que eu vou odiar pôr o pé para fora de casa e ver gente com quem eu não tenha tanta intimidade, é só você fingir que entende meus motivos e tudo vai estar certo.
Eu adoro vento batendo no rosto e pão com mortadela.
Sou louca por coca-cola, mas às vezes vou pedir guaraná que eu vivo dizendo não gostar, e você não precisa analisar o porquê da mudança, é ela, a mudança, que move cada pedacinho de mim.
Você não deve se incomodar com a minha mania de repedir trocentas vezes a mesma música e não achar esquisito quando eu disser que não estou a fim de ir a uma loja.
Em geral sou uma pessoa muito educada e tranqüila, mas saiba que eu de TPM me transformo no demônio em pessoa, e não adianta dizer que você não acredita nessas coisas porque eu sou a prova viva de que elas realmente podem existir, então quando você desconfiar que meu humor não esta lá essas coisas, please: tenha paciência!
Às vezes eu vou te ligar no meio da tarde ou em plena madrugada só para dizer um ‘eu te amo’, e se você não está sentindo o mesmo ou está cansado, de mau humor, não me responda ‘eu também’, simplesmente não diga nada!
E vão ter dias, que eu realmente vou precisar ficar sozinha. E você vai precisar entender que não tem nada a ver com você. Aliás, se você for do tipo egocêntrico, é bom ficar logo avisado: muitas coisas não vão ter nada a ver com você.
Em certos momentos eu vou bancar a doida e fazer de tudo para você desistir de mim, vou falar dos meus ex, vou dizer que não vou me casar nunca e que não quero ter filhos com ninguém, vou dizer que nós não combinamos em nada e você não devia estar comigo. Mas tudo isso é só para dizer que sou louca por você!
Eu preciso que você agrade minha família e que seja do tipo que vive sorrindo, que jamais tenha ciúme dos meus amigos e que simpatize com minhas amigas.
Você tem que me ligar antes de dormir p’ra eu sonhar com você até sem querer. Você tem que gostar de verão, praia, sol de 35 C° e amar carnaval.
E vão ter dias ruins, em que eu vou implicar com grande parte das suas manias que eu dizia adorar e das coisas que você faz. Mas também vão ter finas de semana, feriados, férias, onde tudo que eu vou querer é você para sempre. E isso de querer uma coisa para sempre é difícil para mim.
Eu quero que você venha leve, descomplicado, cheio de amor, e que chegue na hora certa. Nem antes nem depois, porque eu não tenho pressa e sei que mesmo demorando, você vai chegar. Vai vir para mim, para minhas manias chatas e meu jeito organizado. Vai chegar para me tirar de órbita e me deixar no lugar onde eu sempre quis estar.

sábado, 19 de novembro de 2011

Deixe-me livre e serei tua para sempre, mas eu nunca soube lidar muito bem com essa eternidade, então não se espante se eu te disser adeus no outro dia, sem nem mesmo dizer o motivo certo.

Ainda sinto seu cheiro

"Ainda sinto seu cheiro em cada ar que penetra meus pulmões. Apenas não vou dizer-te mais que ainda te espero. Não, seria bobagem esperar por alguém que aqui nunca esteve de fato. Se um dia você resolver voltar, talvez ainda me encontre com a mesma alegria, mas nunca com o mesmo amor."

Medo

Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.
[Clarice Lispector]

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Não se apaixone por mim!

Menino, vou te dizer uma coisa: Não se apaixone por mim. Definitivamente nem pense nisso! Não sou o tipo de nora que toda sogra sonha e não quero ter filhos. Não sou tão boazinha quanto aparento e odeio delicadezas. Então, não se apaixone por mim menino. Eu nunca fui a mais bonita da turma, não sou tão inteligente, odeio matemática e com certeza eu não perderia noites de sono pensando em você. Você não pode se apaixonar por mim, não faça isso para o seu próprio bem. Eu falo alto, brigo por quase nada e sou o capeta em pessoa quando to de TPM. Menino, eu não seria a namorada dos seus sonhos Não. Definitivamente não se apaixone por mim. Não sei praticar esportes, não decoro regras, odeio filosofias de quinta, não sei cozinhar, lavar, engomar, gosto mesmo é da bagunça. Menino, minhas piadas são sem graça, não sei ser romântica, aliás, tudo isso me dá náuseas. Eu sou preguiçosa de mais. Menino, eu não estou brincando, não sou diferente daquelas meninas que te fizeram sofrer, talvez eu seja até pior! Não se apaixone por mim, você não precisa se decepcionar para aprender, eu estou avisando.

É bom ficar sabendo..

Eu não sou legal, não mesmo. Acho que sempre tenho razão e quando minhas previsões dão certo olho com a cara mais abominável do mundo, dou um sorriso irônico e falo o clássico eu-te-avisei. Não sei receber elogios, fico sem saber o que fazer, me atrapalho e acabo trocando de assunto – quando não troco as pernas e tropeço em algum canto de mim. Sorrio para disfarçar desconfortos. não sou a-toda-boa, a toda alegre o tempo todo, a toda amorosa constantemente. Eu sou estranha, tenho gestos e pensamentos e encanações e neuras e filosofias viajantes e temperamento salgado e toda uma série de e's que não consigo ajustar aqui, agora, pra você, talvez por não saber ajustá-los nem pra mim. Mas deixa isso tudo pra lá, eu e a minha estranhice, estranheza, estranhagem, estranhamento, estranhação. Estranha ação. É isso aí, sou cheia de estranhas ações. Uma delas é tentar explicar o sentido de uma coisa que nem sentido faz.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

  “Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
   Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
   A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
   A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
   Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
   Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.” [C.F.A]